Tuesday, December 11, 2007

VIVA O FAROL DA ADELAITE

Adelaite de Mártires fez 100 anos e o Hotel Farol ganhou uma placa.
Vivíssima Adelaite e vivinha à placa.
Grande Adelaite. Pequeninha a placa. Mas, veio.
Belém da Memória. Memória de quem ?
Do Edmilson e do Duciomar ?
Deus nos livre dessas memórias.
Mosqueiro é uma ilha linda. Lindíssima. Única.
E o Hotel Farol é um farol da ilha.
Aos Mártires, o abraço mais largo que posso dar.
Ás autoridades, o cotoco mais comprido que posso fazer.
É impressionante a burrice do poder público em não investir no Mosqueiro.
Dona Adelaite, a senhora é linda.

PC: Gostaria de escrever mais, muito mais, sobre Mosqueiro, mas ando chegado à textos curtos. Um dia, eu chego lá. Nos textos longos. Em Mosqueiro, já cheguei e estou.

3 Comments:

Blogger Unknown said...

Linda Dona Adelaide,lindo post, com cotoco e tudo.
Com sua permissão e antecipadas desculpas, um texto longo ( vc está nele, ao lado de Sarney) do Quinta, de 7 de janeiro de 2006, falando com saudades da nossa ilha de sempre.

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O Presidente


Conheci os dois últimos presidentes da República e o atual.
Entrevistei o senador Fernando Henrique e o deputado Lula.Com José Sarney, já ex, discuti as estratégias de marketing de uma campanha política.
Guardo lembranças interessantes desses encontros.
FHC usava um verniz para esconder sua arrogância: é um sujeito muito educado.
O mesmo truque usado por Sarney, embora sem o mesmo brilho, talvez pela diferença de conteúdos.
Lula, sem verniz, desconfiou até o momento que confiou.Depois, informal e carismático, abraçou-nos a todos.
Mas a minha maior lembrança presidencial vem mesmo é do Getúlio.
Não o presidente, que saiu da vida e entrou para a história um ano antes de começar a minha. Falo do navio, o Presidente Vargas.
Uma lembrança mágica para mim. Guri, muito cedo era acordado nos dias de viagem. Ia meio dormindo, muito mal humorado. No embarque, ainda escuro, só pensava na gostosa poltrona que me caberia no salão de passageiros.
Na estação um corre corre só. Passageiros e carregadores, aos gritos e puxões, despachavam bagagens e sonhos. Nosso carregador era o Sete, um surdo mudo moreno e parrudo, que empilhava nas costas várias caixas de madeira cheias de gêneros e víveres, comprados ao Vesúvio, bien sur.
Este mesmo Sete, já em Mosqueiro, pedalando uma Merckswiss verde, virava jornaleiro e espalhava as notícias pela ilha.
O último apito, a largada e a viagem começava. Era curta pra mim , mosqueirense.
Mangava dos meninos de Soure e Salvaterra, bem mais longe, do outro lado da baía. Terras distantes que enxergava a silhueta, no horizonte do fim de tarde no Farol, o sol estourando no barrento dourado da maré.
Mas lamentava a viagem curta, principalmente pelo que rolava depois do rápido cochilo na poltrona : éramos chamados para o café.
Um charmoso bar nos esperava. Longo balcão de madeira polida, bancos altos, mesas redondas e quadradas, cadeiras e sofás, cheiro de café, pão com manteiga, toalhas de linho branco... e (ainda) muito sono.
No desembarque outro corre corre, um interminável trapiche, aqui e ali esburacado. Era um tal de bora menino pra todos os lados, coisa de mãe.
E tome vaia nos que seguiam a viagem ou mesmo para os tipos mais exóticos que desembarcavam.
Ao final da rampa estava o Cecy, numa daquelas caminhonetes americanas dos anos 40, frisos de madeira, todas as portas abertas a nos levar para casa.
Lá o sono passava. Começavam as férias.
Quarenta anos depois mudei para o outro lado da baía, onde vejo a falta que faz aquele elegante navio, soçobrado pela iniquidade dos interesses náufragos dos que, assim contam, conduziam o seu timão.
Esse foi o presidente que acalentou minhas primeiras andanças pelo mundo, tão perto mundo quão grande a aventura de uma criança.
Bons tempos. Saudades, Presidente.

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Abs, Ak.

6:05 AM  
Anonymous Anonymous said...

Eita, irmãos, Juca e AK, que saudades do Mosqueiro. Mosqueiro das varinhas desenhadas, das bolas de borracha natural - compradas na Vila, do pastel de camarão,vendido na praia ( numa caixa pintada de verde com tinha visor de vidro)-, das risadas da Wanda Cabral e, porque não, do bumbum lindinho do Arnaldo Lobo.
Égua do Mosqueiro bom, esse que vive nas minhas lembranças.
Beijos em vcs dois.

7:46 AM  
Anonymous Anonymous said...

AK RESPONDE

JUCA: lembro do nosso encontro com o Sarney, lembro do teu texto publicado - ainda se usa essa palavra - no site da Temple e muito mais do navio Presidente Vargas. Da minha casa em Mosqueiro, vejo a tua em Salvaterra.
ANGELCAM : de tudo que você falou sobre Mosqueiro, lembro e amo. Menos uma coisa: nunca prestei atenção na bundinha do Arnaldo Lobo. E olha que passamos várias férias dormindo no mesmo quarto.
Afonso Klautau
PC : Viva os Lobanetes, Arnaldo, Otávio, Tuca e Nilce ( essa eu confenso que olhei, mas só pra proteger o patrimônio do meu irmão Beto Chermont ).

1:02 PM  

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