PARA REGINA ALVES
A Reginarda é minha irmã, minha amiga, minha companheira e o que mais que a vida nos deu.
É um amor que a gente tem sorte de ter.
Então, conta a melhor do Mano Flores que a MEG diz que só tu que sabes.
A Reginarda é minha irmã, minha amiga, minha companheira e o que mais que a vida nos deu.
É um amor que a gente tem sorte de ter.
Então, conta a melhor do Mano Flores que a MEG diz que só tu que sabes.
14 Comments:
Afonso, insista, que só ela mesmo sabe e não é só uma;-)
E olhe, deixei uns comentários para você lá nos posts mais antigos, inclusive todo o sucesso que seu imenso talento é capaz de ativar para a Agência.
Um beijão.
Meg
P.S E, claro, para a Escola.
ak responde ( novo barato )
MEG ( subrosa )
Rosas, rosas, rosas, formosas, são rosas de mim.
Pro sub , não tenho versos.
Pra REGINARDA, continuo insistindo.
afonso Klautau
Afonsinho, Afonsinho
1) Não cutuca e emociona este coração, que ele continua insensato. Olha que eu te peço em casamento em pleno blog, menino. Deu vontade, viu?
2) Nosso grande Dalvino. Quando cheguei ao Liberal, o Walter Guimarães apresentou o Mano, dizendo que era o único cara a ter conseguido “morder” o arcebispo. Foi mesmo, em 20 cruzeiros, confirmaria o Flores quando já éramos amigos e ele contava suas façanhas de sobrevivente, rindo conosco das próprias histórias. A preferida da Meg também foi ele quem contou e aconteceu na Rádio Guajará. Era semana santa e inventaram um radioteatro baseado no Antigo Testamento. Flores, chateadíssimo por não ter sido escalado, ficou peruando no estúdio, até que sobrou uma pontinha, mas de responsa: ele faria a voz de Deus e na única fala gritava dos céus: Abraão! Abraão!
Ele recebeu o script, aguardou a deixa e mandou ver: Abram! Aaaabram!
(Depois ele diria que fez de sacanagem: “Imagina, mana, eu sei ler. Me vinguei porque me deixaram na reserva”)
Tantas ele fez que a gente às vezes esquece que era também um repórter corajoso, sabia identificar a notícia e não tinha medo, em plena ditadura, de fazer perguntas diretas às autoridades (hoje é facinho, facinho, naquele tempo podia dar cadeia ou cabeça quebrada), como quando puxou a aba do paletó do ministro do Interior Costa Cavalcanti, no aeroporto: “Ministro, cadê os 100 milhões que o senhor prometeu pra Sudam?” Ou quando, na escadaria do Palácio Lauro Sodré, já estava sendo engravatado pela temível PE (Polícia do Exército) mas conseguiu enfiar o microfone da Guajará na cara do marechal Castelo Branco ( “Mana, ele só disse assim pros guardas: “deixa...”) e arrancou dele uma declaração.
Tinha também um olhar afiado para a vaidade alheia. Sobre um colega, que falava barbaridades nas coletivas e se achava o máximo, disse uma vez: “Mana, a pior coisa do mundo é um burro pedante. O Mano Fulano é um burro pedante. Eu posso falar, porque sou um burro humilde”.
Aquele burro pedante sumiu (embora a linhagem esteja longe da extinção, ô raça) e estamos nós aqui a sentir saudades do Mano Flores.
Um beijo
Narda
Uau!!!!
Tá vendo, Afonso?
Como dizia a outra, antiga, : só abro a boca quando tenho cer-te-za!
;-)
Agora, me dirigindo a ti, Afonso (meu ídalo, como tu bem sabes e companheiro dessas peregrinações médicas - e, com desvantagem, fui vítima de erro médico que me deixou em coma..., portanto solidária, na revolta eventual) - e também a alguns dos teus mais sensíveis leitores:
Essa Régia, princesa Narda, não tem um texto preciso e precioso, sem firulas e ao mesmo tempo fulgurante?
Esse comentário dela dá para transformar em post, não achas?
Seria uma boa!
=-=-=-=
E olha Afonsinho: eu faço blog desde 2001 - quando achavam que blogs eram deprezíveis e inócuos diarinhos de moçoilas desmioladas e despirocadas - eu fiz o SUB ROSA inicialmente como uma forma de resistência para não enlouquecer.
Hoje sei a força que um blog tem. É um instrumento poderoso.
E, vejo que tu sabes usá-lo comme il faut. E vejo como te pedem que sejas porta-voz de reinvidicações.
Isso é mais eloqüente do que qualquer frase minha.
(E que motivo teria eu pra te "bajular" não é mesmo?)
Por onde passas deixas tua marca de qualidade
Então, querido, vamos fazer a Régia abrir um blog?
Te garanto que ela faria um blog devastador e só na maciota;-) ia baixar demais a bola de alguns que tão "se achando".
hohoho.
Pra finalizar, quero dizer que a-do-ro os comments do Diego Genú Klautau. Modestamente, minha formação filosófica reconhece valor onde há.
E deixo aqui um abração apertado, pro meu querido, muito querido BERBARY.
Beijos pra ti e arriba! fuerza! Forward and up! Viver é superar desejos de desistir.
Meu carinho, admiração e amizade. De longe, mas desde sempre.
Meg
Mano DE ligório,
falar sobre a Nalda é gostoso demais. Aliás, minha passagem demorada pelos recantos da Pedreira (leia-se Acadêmicos do Samba da Pedreira - um nome bem poético, num era?)se deve a ela e a ti.
Gosto da Regina muito e muito.
Que bom receber um carinhoso abraço de outra querida, a Meg.
De Ligório, manda brasa. Tu é um cara 100% gente.
Abraços do Mano Berba
Égua Regina Alves!
Até parece que estou te ouvindo, ao vivo e a cores, contando as boas do Mano Flores. Tim Tim!
Égua Regina Alves!
Até parece que estou te ouvindo, ao vivo e a cores, contando as boas do Mano Flores. Tim Tim!
Dr,
Nem em sonho ousaria concorrer com Reginalda em histórias do Mano Flores (ou qualquer outro texto), mas não posso me furtar (vixe)em relatar uma que testemunhei como repórter da TV Cultura (aquela, boa, não essa), lá pelos 80s.
Já havia contado essa história no blog do Juca e agora ouso reprisá-la aqui.
Lá vai:
Convivi pouco com o "Mano". O encontrava algumas vezes, coincidentemente, cobrindo o mesmo fato ou em coletivas.
Numa delas, Jáder Barbalho, então ministro da Reforma Agrária ou algo parecido, daria uma coletiva. Hora marcada, todos lá, Jáder falou, foi questionado e encerrou. Com o pano quase fechando, chega Mano Flores, esbaforido, suado e mandando forte, na direção de Jáder, quebrando todos os decoros:
- Mano ministro, mano ministro... Cheguei atrasado. A komby quebrou. Dá pra repetir?
Juro que consegui ver o esboço de um sorriso no rosto do sempre carrancudo Jáder Barbalho.
Não era pra menos.
Tá chovendo em Belém? Se estiver, deve ser Deus, chorando de tanto rir do Mano Flores.
Vá em paz!
Abração, Dr.
Pascoal Gemaque
AK RESPONDE:
MEG:
juro pela fé da mucura, pela pata da paca, pelo rabo do tatu, que na próxima viagem ao Rio, vou direto do aeroporto te ver.
REGINARDA:
olha que eu aceito.
MANO BERBA:
o capitão era o Waldyr Fiock, motora de uma kombi do Rio para Salvador, cheia de sonhos.
PASCOAL:
nem que nem queria, jogava fora as flores do mano.
Afonso Klautau
Regina Alves imita o AK e também responde
Ei, Afonsinho, Meg, Berba, Paschoal Carlos Magno e Anônimo do tim tim
Ainda que eu falasse a língua dos anjos não teria como dizer o quanto vocês me envaideceram e me fizeram feliz.
Beijo para todos e Meg e Afonsinho, que puxaram o assunto, ganham dois.
Ah, Afonso: nem a propósito, o motora da kombi ainda não está muito seguro na internet, por isso me pediu para ser portadora de um beijão pra ti.
Conheço ;acho ; só o De Ligório mas gente que postagem e comentários du caramba.
Tá provado o gostar paraense é mais gostoso.
De Ligório vc é grande , tá provado tb.
Abram ! Abram!!!!rsrsrsrsrs
Abs
Tadeu
Afonso,
Estou lhe enviando este texto que escrevi sobre o Flores.
A sugestão foi da Regina Alves que entende que o " Mano" merece ser melhor conhecido alem do "chen" que o folclorizou na midia.
Meu endereço eletronico ( golrevista@gmail.com) pode servir para troca de informações e também pra que eu possa lhe enviar o meu livro que lancei em agosto.
Abraço
Expedito Leal
O Mano Flores
Mano Flores se foi. Na surdina,deixando seus amigos sem saber de nada. É verdade que ele já vinha bem doente, fazia algum tempo. Sumiu de circulação e sendo pessoa de múltiplas amizades em vários setores, embora sendo mais lembrado por gente da mídia, causou admiração geral. As perguntas eram quase sempre as mesmas "Tens visto o mano Flores?" -indagavam os que não conseguiram mais falar com ele. Sofreu um grave distúrbio circulatório há quase dez anos.
Ainda cheguei a falar com ele pelo telefone,uns dois anos depois.Falando lento e perguntando por vários nomes que eu ia respondendo sobre o paradeiro de cada um. Próximo de lançar meu livro, em agosto,telefonei para a residência dele.A esposa me disse que seu estado se agravara. Propus ir buscá-lo e depois levá-lo em Icoarací, onde estava morando. Ela me disse que não haveria a mínima condição. Respeitei sua vontade. Prometí que lhe levaria um exemplar e convidei Luiz Negrão e Álvaro Jorge para irmos visitá-lo. Não concretizei a promessa. A vida não quis.
Dalvino Flores era um grande repórter. Dos tempos antigos e que talvez hoje em dia não estivesse mais nas redações, onde apenas escreve-se bem. E parece que basta. O tino do bom repórter, aquele que indaga sobre tudo o que se passa ao seu redor, que "fareja" a notícia e p ersegue os *furos *com o estoicismo que antigamente se dizia dos que cumpriam suas "mensagens" a Garcia. Não desistiam nunca.
Lembro de dois fatos que para mim marcaram o grande reportes que Dalvino Flores sempre foi. Eu iniciava na reportagem geral,depois de passar pela editoria de esportes e fui cobrir um acontecimento no aeroporto de Val-de-Cans.Esperava pelo meu entrevistado,possivelmente um ministro de Estado da época da ditadura militar.Ao me ver sentado,mano Flores me interpela: "E aí mano, não está acontecendo nada que você possa aproveitar? Quantas pessoas não estão por aqui que podem render boas notícias?".Eu já cursava a 3ª série de Direito.Levantei-me e passei a vista nos meus circundantes.Era tanta gente para ser entrevistada!
Naquele tempo já se cumpriam as pautas de serviço.Mas o mano Flores me ensinou que a gente não deveria ficar "amarrado" apenas ao que era pedido.Foi uma lição.
Outra vez chegávamos novamente em Val de Cans e ele passa pelo balcão de uma das empresas aéreas, onde trabalhava como recepcionista a Leila Hesketh, que fora inclusive Miss Pará."Tudo bem mana Leila?"-ele a cumprimenta como já indagando sobre alguma novidade.Ela olha pra ele e responde rápido, quase inaudível:"Sabes quem passou por aqui e inclusive já viajou?"Mano Flores se arregala e só com o olhar já obtém a resposta: "Gente do SNI(o temível serviço secreto da ditadura) e olhando para um cesto de lixo,completa Leila; "A lista está ali".
Como se fora uma flexa, Mano Flores mergulha por baixo do balcão vai direto à lixeira.Pega um papel todo amassado,coloca no bolso do paletó e o resto saiu publicado no Repórter 70, em um tópico redigido com toda sutileza por Eládio Malto, o secretário do jornal, nominando os "visitantes".
Assim era o mano Flores.Um repórter de verdade.
Oi, Afonso, aqui é Graça Ohana, da casa da Reginarda. Ao entrar no teu blog senti saudade de um tempo e de uma convivência que não tive contigo. Sei de ti pela Regina, sempre com muito carinho.Sim, sinto saudade desse tempo que tem tantas histórias e em que todos ríamos mais. Aproveito a brevíssima temporada em Belém para rir, junto com Reginarda, das coisas que vivemos longe uma da outra e, claro, ela me convidou ao teu blog.Estou achando muito divertido. Eu não tenho blog, mas vou entrar de vez em quando no teu para, quem sabe, contar as novidades e reviver os velhos tempos, sabidos e não sabidos.Quero te ver cada vez melhor.Um grande beijo,Graça
AK RESPONDE
EXPEDITO LEAL:
escreva mais sobre o Mano Flores que conheces melhor que a gente.
GRACINHA OHANA:
tu foste uma das mulheres mais gostosas da minha adolesncência, que eu nunca consegui nada.
Afonso Klautau
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