Thursday, June 12, 2008

marketing eleitoral
UM PLANETA QUE SE CHAMA PARÁ

Acredito que essas eleições municipais, no Pará especialmente, são importantíssimas.
Vamos eleger os prefeitos e vereadores que vão mandar nos buracos das ruas e ter participação no buraco do mundo.
A Amazônia é tema internacional e vai ser cada vez mais.
É claro que o buraco da rua, para os eleitores dos 143 municípios que compõem o Pará, é mais importante que o buraco do mundo.
Diga a um morador do Tapajós que ele e família, ao comerem uma tartaruga, estão ameaçando o mundo. Isso é ofensa pro cara.
Muito bem. Quem vão ser os eleitos em 2008 pra comandar o cotidiano.
Números. Vamos a eles que, cada vez mais, nas pesquisas, só estão sendo analisados como números. Parece que não existe vida além da matématica simples.
Estatísticas.
Belém : 958.623 eleitores.
Ananindeua : 231.256
( são os dois únicos municípios do Pará que a lei eleitoral permite segundo turno por terem mais de 200.000 eleitores )
Santarém : 188.464 eleitores.
Marabá: 118.330
Castanhal : 93.903
Abaetetuba : 80.156
Parauapebas : 79.637.
Bragança : 66.708
Cametá : 66.926
Tucuruí : 63.358
Dados do TRE. Os 10 municípios mais densos eleitoralmente.
O Pará está na mídia nacional e internacional por causa do desmatamento e da preservação.
Peguemos só duas marcas atuais : Operação Arco de Fogo e Belo Monte.
Qual é o eleitorado dos municípios envolvidos nessas marcas ?
Quem são os prefeitos e vereadores? Quem são os candidatos :
Dois exemplos rápidos.
Tailândia tem 33.312 eleitores.
A usina de Belo Monte, dados da Eletronorte, vai mexer com esses municípios : Altamira, Anapu, Brasil Novo, Gurupá, Medicilândia, Pacajás, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará, Vitória do Xingu.
Todos esses eleitores juntos não chegam ao número de eleitores de Belém.
Mas........vão estar no comando do dia a dia do mundo.
PS/AK: no próximo post sobre o assunto, vamos levantar as informações entre eleitores e arrecadação de municípios paraenses.

Monday, June 09, 2008

MARKETING ELEITORAL
JATENE FALA E CONTA

Simão Jatene deu uma entrevista pro Paulo Bemerguy com essa certeza:

"É preciso qualificar o debate político".

PS/AK: como traduzir/transformar isso em votos ?
MOVIMENTO ESTUDANTIL DO PARÁ
MOVIMENTO ALTERNATIVA

Errei por um ano e o Maklouf me corrigiu. Em 76, ganhamos 3 diretórios acadêmicos. Em 77, é que ganhamos mais. Vamos ao relato do Mak no livro "Contido a bala" sobre o Paulo Fontelles.

LUIZ MAKLOUF CARVALHO

"No começo de 1977, os tres diretórios conquistados costuram uma organização mais unificada dos ativistas. Ele vai ganhar o nome de Alternativa, sugerido pelo trio ligado a André Barreto ( Egídio Salles Filho, José Otávio Pires, Afonso Klautau).....Em abril de 1977, mostrando força, viria à luz, o número um do jornal "Alternativa"........O lançamento do tablóide de oito páginas aumentou a preocupação dos pelegos ( era assim que eram tratados à época ) e provocou o surgimento de uma corrente rival, o Movimento Estudantil Luta e Liberdade, Mell. O palco estava pronto pelos DAs e pelo DCE" .

PS/AK : O "Caminhando", depois desse início aí, que a história ainda não acabou, foi o movimento estudantil de peso na UFPa., ligado ao PRC, liderado pelo Humberto Cunha. Nessa época, eu já não era mais estudante. Alguém ajuda a reviver o viver?

Sunday, June 08, 2008

MARKETING ELEITORAL
A ENTREVISTA DO CHICO CAVALCANTE

A entrevista do Chico Cavalcante, no Diário, traz um conceito fundamental ao marketing eleitoral de hoje : a engenharia política.
Nos dias de hoje, a meu ver, isso quer dizer : acordos, base política dos acordados, apoio financeiro e discurso adequado do marketing eleitoral.
Na esteira da esculhambação partidária, essa é a realidade mesmo.
Ideologias, ninguém mais quer nenhuma pra viver.
A base é o cotidiano de cada um. Dos poderosos aos preteridos.
Certo, errado ? Nenhum dos dois, todos os dois. É a história.
E nesse pedaço da História, o Chico tá certo : engenharia política define o marketing eleitoral. Pode ganhar ou perder, dependendo dos envolvidos, mas define.
Acordos, base política dos acordados, apoio financeiro e discurso adequado. Tendo o conceito "mudança" como palavra chave. Seja se estiver no poder ou na oposição, essa é palavra chave do marketing eleitoral.
Vide Obama.
Nas referências às eleições anteriores, o Chico comete - vamos dizer assim - alguns erros de análise, na minha opinião.

PS/AK : o marketing político é a chave do marketing eleitoral e do marketing público.
ME NO PARÁ
FONTELLES CONTIDO A BALA

Paulo Fontelles e sua mulher Hecilda viveram os horrores dos cárceres da ditadura militar. Soltos, depois da barbárie, voltaram pra Belém. Paulo foi trabalhar no seringal de um irmão em Mosqueiro.
Abaixo, o relato de Luis Maklouf Carvalho, no livro "Contido a bala", sobre a volta do Paulo.


Luis Maklouf Carvalho.

"Paulo, que conseguira retomar o curso de Direito em 1975, continuava trabalhando no seringal da Baía do Sol. Sua avidez pela volta á militância política fizera com que a ainda namorada o apresentasse a alguns colegas de movimento estudantil. Na reconquista dos primeiros diretórios acadêmicos, em agosto de 76, Paulo já terá uma discreta influência......
O jornalista Afonso Klautau foi encontrá-lo nesse momento de retomada do chamado ME. "Não dúvida de ele foi a liderança mais experiente, mais expressiva e mais respeitada" diz Afonso, lembrando de um Paulo "muito afetivo, bem-humorado e sem a carranca do estereótipo comunista".
O advogado Egídio Salles Filho tem a mesma impressão: "ele era o mais maduro, o mais preparado teoricamente, o mais sensível da definição da melhor tática", diz.
"A história do Paulo era muito forte", diz a psicóloga Léa Salles. "Todo mundo tinha um puto respeito".
Paulo vai representar, para os jovens estudantes dessa geração reprimida, o emxemplo muito bem posto de um político que soubera resistir aos tempos mais duros. Aos poucos, com uma intensa atuação nos bastidores, vai transformar-se numa espécie de guru, extremamente generoso no repasse de sua experiência. "

PS/AK : Em 76, ganhamos 7 dois 8 diretórios acadêmicos em eleição e mais o DCE - que, na época era eleito pelo voto do colegiado formado pelos membros eleitos dos DAs.

Friday, June 06, 2008

LENDO MAIAKOVSKY NUMA LOJA DE CONVENIÊNCIAS

Sebastião Tito Klautau foi o primeiro presidente do DCE - Diretório Central dos Estudantes - da Universidade Federal do Pará, depois do AI-5, que acabou com os diretórios de universidades em todo o país.
Eis aí, o primeiro relato dele sobre a recriação do ME no Pará.

Tito Klautau
1968 - Seguindo um movimento que ocorreu na maioria das Universidades Federais do Brasil, a totalidade das escolas da UFPA foram ocupadas pelos estudantes no primeiro semestre letivo, durante aproximadamente 45 dias, sendo as principais exigências para a desocupação as seguintes : 1) não implantação do acordo MEC-USAID que propunha adaptar o modelo do ensino superior americano ao Brasil, trazendo embutido o início da privatização do ensino superior no Brasil ; 2) início de uma reforma universitária ampla e com ampla participação dos discentes na elaboração da mesma, sendo uma das maiores bandeiras para esta reforma a extinção da cátedra vitalícia. De acordo com a minha memória, destacavam-se como líderes desta ocupação os seguintes estudantes : Rui Antônio Barata, José Paulo (Capixaba) e Fiuza (Fiuzão) na Faculdade de Medicina ; Boneff e Puty na Escola de Engenharia ; Alex Turensko no Curso de Economia.
1969 - Após a queda do Congresso da UNE, em Ibiuna, e a consequente proibiçao de qualquer atividade da UAP (União Acadêmica Paraense), em outubro de 1968, juntamente com a decretação do AI-5, em dezembro de 1968, ocorreu a morte do movimento estudantil na UFPA, permanecendo o mesmo como cadaver durante todo o ano de 1969.
1970 - Alguns estudantes começaram a conversar sobre a necessidade de recriação dos Diretórioss das Faculdade e Escolas bem como da UAP. Entre esses estudantes recordo-me dos seguintes nomes : Eu e Rubens Donatti da Engenharia ; Romero Ximenes Pontes do Curso de História ; Paulo Guilherme Gurjão de Carvalho (irmão do "chefe dos black-nights" Milico) da Medicina ; Fernando Nascimento, Edson Roofé e Inês (mulher do Donatti) do Curso de Economia. Conseguimos, com o Aloisio Chaves (Reitor), colocar representantes discentes nos principais orgãos colegiados que discutiam a implantação da Reforma Universitária na UFPA, ficando Eu e Inês como representantes no Conselho Superior de Ensino e Pesquisa (CONSEP), Donatti e Nascimento no Conselho Universitário (CONSUN) e Eu e Paulo Carvalho na Comissão de Implantação da Reforma Universitária (CIRU). Isto foi muito importante porque esses três orgãos eram presididos pelo Reitor e deles participavam todos os Sub-Reitores (Armando Mendes, Nelson Ribeiro e Anunciada Chaves) e todos os diretores de Faculdades e Escolas da Universidade. Por esses orgãos foram tomadas todas as decisões necessárias para a implantação da Reforma Universitária ao longo do ano de 1971. Não existia, em 1970, a possibilidade da recriação dos Diretórios Acadêmicos porque o MEC os proibia terminantemente, só permitindo a participação estudantil na política universitária através da representação discente nos orgãos colegiados deliberativos.
1971 - Conseguimos aumentar a participação dos discentes nos orgãos colegiados, ao mesmo tempo que agregavamos mais estudantes interessados no "renascimento" do movimento estudantil na UFPA. Eu, Romero Ximenes e Geraldo Coelho fomos para o Conselho Universitário e começamos a ter contatos com outras Universidades Federais que também lutavam pela recriação do Diretórios, sendo que lembro de contatos com o pessoal da Bahia, Niteroi, Pernambuco,Ceará e Goiás, entre outros. No final de 1971 saiu uma Portaria do MEC que permitia a criação de um Diretório Acadêmico em cada Centro de Estudos das Universidades e um Diretório Central dos Estudantes em cada Universidade. Imediatamente redigi um documento, auxiliado por nosso pai Aldebaro, onde pedia, com a máxima urgência possível, a criação de um Diretório Acadêmico em cada um dos oito Centros de Estudos existentes na UFPA bem com a criação do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFPA. Apresentei a proposta no Conselho Universitário, tendo o Aloisio Chaves ficado muito preocupado pois ele não tinha notícias da criação dos Diretórios em outras Universidades. Eu e Romero batemos duro no Conselho enchendo o saco dos conselheiros com longos falatório sobre a necessidade dos Diretórios, em todas as reuniões, que eram quinzenais.
1972 - Em abril o Conselho Universitário regulamentou a criação dos Diretório dos Centros e do DCE. Do pessoal que começou a recriação do movvimento em 1970 restava Eu e Romero , sendo que Romero estava interessado somente no Curso de Pós-Graduação que iria fazer em 1973. Resolvi convidar então o pessoal novo que tinha acabado de entrar na Universidade. Fizemos muitas reuniões, que eu chamava de encontros de politização, e com a abertura de inscrições de chapas para concorerem às eleições dos Diretório formou-se um novo núcleo dentro do movimento estudantil apresentando-se então duas vertentes (esquerda e direita). Formamos uma chapa (esquerda) para o DCE concorrendo com uma chapa formada pelo Nicias Ribeiro (direita), ligada à ARENA, na época presidida pelo Baim Klautau. Ganhamos o DCE e a maioria das diretorias dos Diretórios dos Centros, começando então uma intensa atividade cultural com lançamento de jornal, concurso para escolha do símbolo do DCE, festas promovidas pelo DCE, encerrando-se o ano com o show do Milton Nascimento no Ginásio da UFPA. Da primeira Diretoria do DCE faziam parte : Eu, Inocêncio Gorayeb, Roberto Pinto da Silva, Maria dos Remédios, Maneschy, André Barreto, Joaquim (médico sobrinho dos Maradei), Durbiratan Barbosa e a namorada dele que eu não lembro o nome.
PS: e a vida, o que é, diga lá meu irmão.

Wednesday, June 04, 2008

NEM TODOS VIVOS,TODOS DUROS

O blog "quintaemenda" remete ao blog "juventudeempauta" uma entrevista sobre 1968 em Belém, com o Roberto Corrêa.
Roberto cita esses nomes como linha de frente da época : Aleksey Turenko Junior, Fiúza de Mello, Ruy Barata Filho, Paulo Fontelles, Hecilda Nunes, João Capiberibe, João Moacir Mendonça, Flávio Salles, Hélio Mairata, Carlos Augusto Sampaio.
O Roberto, sem entrar no mérito dos nomes citados, todos que eu respeito, é um cara sério e comete análises corretas e equivocadas, como todos.
Aos que foram, nossos prantos e nossos obrigados pelas vidas.
Aos que estão, que tal abrir mais nossos ouvidos e nossos olhos?
PS : Amanhã, Tito Klautau conta, como ele , Romero Ximenes e Geraldo Coelho, junto de muito mais gente, é claro, ressurgiram o DCE - Diretório Central de Estudantes - na Ufpa. 1971,72.
OS VIAJANTES

"Sabia, sabia que a coisa cabava contecendo. Eu disse pra ele, redisse. Coisa do home é do home, nem o demo toma conta".
Essa foi a primeira fala do Grupo Experiência nos palcos. Interpretada por André Barreto, no papel de Leôncio, na peça "Os Viajantes", de Isabel Câmara, com direção de Geraldo Salles.
1971.
Em 70, estudantes do colégio Moderno inventaram um curso de teatro e convidaram os professores da Escola de Teatro da Ufpa.
Ninguém pensava, com consciência plena, em resistência à ditadura, através do teatro.
A gente só não gostava do que estava acontecendo e queria fazer alguma coisa.
Desse sentimento juvenil de pequenos burgueses, nasceu o Grupo Experiência que, graças ao Geraldo Salles, como protagonista, é hoje o que é: reconhecido e respeitado. Muitos coadjuvantes ajudaram. Muitos. Até hoje.
Em 71, além dos "Viajantes" - encenado no palco do Teatro da Paz, ou seja, com a platéia fazendo parte do palco - vieram o "Happenning" - que tem histórias curiosíssimas como a censora Selma Chaves proibindo uma peça instrumental do compositor Simão Jatene - o " Como Cansei de Ver-o-Peso", onde o João Mercês abria o espetáculo andando por passarelas no meio da platéia do Teatro da Paz, como Francisco Caldeira Castelo Branco, cheio de plumas. E em 71, o "Jesus Freaks", nos escombros da Igreja de Santo Alexandre.
PS : um beijo ao Geraldo.
GEORGIA ON MY MIND

Barack Obama.
O Diário de hoje publica matéria da Folhapress que acaba assim:
" com um slogan cunhado na proposta de mudanças, o filho de um imigrante do Quênia com uma antropóloga branca do Kansas, nascido no Havaí e que passou parte da infância na Indonésia, virou um fenômeno de mobilização política e revolucionou o modo de fazer campanha, usando com sucesso a internet como principal ferramenta para arrecadar fundos".
Slogan, proposta, mudanças, filho, fenômeno, mobilização política, fazer campanha, sucesso, internet, ferramenta, fundos.
Qual é a diferença entre as eleições para Presidente dos Estados Unidos e para prefeito em qualquer município desse planeta ?
Aqui no Pará, hoje em dia, tem uma, com licença do Ruy:
Um Planeta que se chama Pará.
PS: esse post vai no rumo dos 2 temas que apresentei aqui : 1968 e Marketing Eleitoral.

Tuesday, June 03, 2008

PÂO DE QUEIJO NO AÇAÍ

Belo Horizonte.
No Liberal de hoje, matéria da Agência Estado tem o seguinte título:
" PSDB mineiro ainda não perdeu as esperanças de que o final será feliz".
Belo horizonte visto da ponte ou do muro.
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, do PSDB, e o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, do PT , querem fazer uma aliança pra eleger o próximo prefeito da capital, Márcio Lacerda, do PSB.
Quem acompanha essa história, sabe a confusão que está dando.
O PT nacional é contra. O PSDB nacional não é contra, nem a favor, muito pelo contrário. O PSB, é claro, é entusiasta da causa.
De qualquer forma, a aliança está feita.
Seja o PSDB apoiando diretamente, olhando pro futuro eleitoral próximo, com horário de propaganda e tudo mais,ou lance um laranja pra compor, o candidato do PSB, com vice do PT, é o próximo prefeito de Belo Horizonte, apesar da indignação do presidente do PPS, Roberto Freire, que diz "apoio branco é negócio para vagabundos, e os vagabundos já estão com o governo" ( federal ).
Vagabundos, esperanças, final feliz, alianças.
O que interessa é ganhar a eleição.
PS : Em 1990, no Pará, PSDB, PT, PSB, PPS (PCB), PC do B, PDT, e mais, fizeram uma coligação com a certeza da derrota. Em Belo Horizonte, 2008, essa coligação é a certeza da vitória. O que mudou ?
NA CERTEZA DA DERROTA

Simão Jatene, Paulo Chaves, Paulo Elcídio, Juvêncio Arruda e eu esperavamos sentados numa mesa do bar do Léo, na João Balbi, às 10 da manhã, que a produtora que havia sido alugada pra fazer o programa de TV da campanha de Almir Gabriel ao Governo do Estado fosse aberta.
1990. E o programa começava nesse dia.
Faltava pagar uma parcela inicial do contrato e o dono da produtora, José Luís De Campos Ribeiro, foi inflexível: ou paga ou não entra.
Aldebaro Barreto da Rocha Klautau, então no PDT, chegou com a grana e então entramos. Com toda a equipe que só esperava o sinal.
Estava criada a Tvdaqui, a marca do programa.
Tres candidatos basicamente: Jader Barbalho, Said Xerfan e Almir Gabriel.
Jader, governador de 1982 a 1986, até o fim do mandato, apoiou Hélio Gueiros pro governo e Almir Gabriel pro Senado.
Os dois foram eleitos.
Xerfan, que saiu da Prefeitura de Belém eleito com mais de 70% dos votos, pra disputar o governo, tinha o apoio de Gueiros, o Governador, que brigou com o Jader.
Almir, senador da República eleito pelo PMDB, saiu do partido pra fundação do PSDB, e era apoiado por uma coligação de esquerda.
Almir era a certeza da derrota. Ninguém tinha ilusão de ganhar. A idéia era unir as esquerdas e marcar posição.
O vice era Raul Meireles, do PT, e o candidato a senador era Ademir Andrade, do PSB.
E lá vinham juntos PC, PC do B, PDT e por aí.
O programa de TV do Jader era feito na RBA, comandado pelo Pedro Galvão, com consultoria do Chico Santa Rita e a maioria da equipe vinda de fora do Pará.
O pessoal do Xerfan contratou a Globotec, que era das Organizações Globo, considerada, na época, a melhor do Brasil. 90% da equipe não eram paraenses. Marabá e Santarém pra eles eram a mesma coisa.
O Almir, sem grana, que os concorrentes tinham, contou com quem topasse entrar num barco de esperanças, cheio de buracos por todos os lados.
E começou o marketing eleitoral de 1990.
PS: A minha única fonte de consulta é a memória. Pode falhar.

Monday, June 02, 2008

SÓ QUEM PARTIU, PODE VOLTAR

Olá!
Quatro temas estão me interessando muito. Vou dar um breve toque de dois.
Um : 1968
No Pará, o que queria dizer Belém, o que interessa muito mais é a geração pós 68 Com todo o respeito e admiração aos da época 68.
Depois de 70, a vida vinda do mundo é que começou a chegar ao Pará.
Só um exemplo na Ufpa. Alternativa e Caminhando foram marcas. Nenhuma antes, nenhuma depois. Falo de marcas, não de marcos.
De Paulo Fontelles - o que veio de 68 pra frente - a Ana Júlia Carepa. (Não há comparação entre os dois, é só divisão de tempo ).
Um bom tema pra pensar : o que 68 deixou pra gente aqui e o que está sendo feito desse deixado.
Dois : Marketing Eleitoral de 1990 a 2006.
O Marketing Eleitoral é o retrato da agonia da política eleitoral. 4 meses de pura loucura.
Traições, beijos nunca dados, facões escondidos no meio das festas, sonhos, pesadelos, estéticas sem éticas, o poder.
O poder é o mais importante de tudo. Dos bem aos mal intencionados. Qualquer intenção sucumbe ao poder.
Qualquer um que veja os programas políticos e as inserções de televisão de 1990 a 2006, com uma perspectiva dessas, vai ver que quem ganhou, ou perdeu, eleições, só mirou ou não mirou nisso : o que interessa é o poder. Depois, a gente pensa no resto.
É o que é. É ir contra ou a favor da maré.
PS : postei todos os comentários que estavam na caixinha.